Falta de oferta mantém os preços das casas elevados

Ao longo dos últimos anos, os preços das casas dispararam, estão sobrevalorizados, e registaram recordes de décadas. 

E, apesar da conjuntura económica desfavorável que temos vivido nos últimos tempos, em consequência da elevada inflação (com perda de poder de compra), e do significativo e contínuo aumento das taxas de juro (Euribor), a atividade no setor imobiliário não se ressentiu. 

Só no 3º trimestre de 2022, os preços das casas subiram mais de 13%, quase o dobro dos 6,8% da média comunitária. 

E, os preços das casas mantêm-se elevados, e assim vão continuar, porque existe, em Portugal, uma forte procura de casas, por parte de famílias nacionais e, em especial, de estrangeiros, a que corresponde uma crónica falta de oferta. 

Porque é que há falta de oferta de casas em Portugal? 

A crónica falta de oferta de casas, em Portugal, verifica-se há muito tempo, e por várias razões. Mas, fundamentalmente, porque nos últimos anos tem havido pouca construção nova: 

  • Cerca de 50% das casas do parque habitacional português foram construídas antes de 1980; 
  • A construção de casas travou a fundo na última década; entre 2010/2020 foram construídas apenas 169 mil casas, contra as 988 mil casas construídas na década de 2000/2010; 
  • Em 2022, as intenções de investimento em novas habitações continuaram em queda, registando-se uma redução da ordem dos 3% no número total de licenças de obras emitidas; 
  • Há atrasos nos licenciamentos, o que leva ao adiamento de projetos imobiliários;  
  • As obras em curso estão condicionadas pelo aumento dos custos da construção e a falta de mão de obra; 
Que soluções a curto e médio prazo para a falta de oferta de casas? 

Alguns especialistas do mercado imobiliário, afirmam que o problema da habitação em Portugal só se resolve com a intervenção decidida e continuada do Estado central e das autarquias. 

E, efetivamente, há a expetativa de que este ano comecem a surgir algumas promoções residenciais destas entidades, fruto da utilização dos fundos do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, quer na construção quer na reabilitação de casas. 

Não nos podemos esquecer, também, que existem em Portugal mais de 700 mil casas devolutas, que representam 12% das casas habitáveis, e metade das quais estão no mercado disponíveis para venda ou arrendamento. 

Por isso, terá de haver uma correção importante na dinâmica dos preços das casas, porque estão sobrevalorizados e os rendimentos das famílias não subiram o suficiente para fazer face a essa escalada de preços, e, apesar de quererem comprar casa, não têm possibilidade de pagar as prestações mensais dos créditos. 

São precisas, portanto, soluções a curto e médio prazo para inverter a falta de oferta de casas, para o que se terá de mexer no mercado, nos créditos e nos licenciamentos. 

Porque, é consensual que, enquanto não houver mais oferta de casas, os preços não baixam! E, não teremos um novo ciclo no mercado imobiliário. 

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