Poupar, amortizar créditos ou investir?

A pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia, afetaram de forma particular, a economia europeia e, obviamente, a economia portuguesa.

As consequências não se fizeram esperar. Aumento da inflação e subida das taxas de juro, que vieram para ficar.

Perante este quadro económico e financeiro, devemos ponderar bem as opções que se colocam às finanças pessoais e/ou familiares: poupar, amortizar créditos ou investir?

Será de guardar as poupanças, mantendo um “pé-de-meia”? Ou, com a subida de juros será o momento ideal para amortizar créditos, por exemplo, o crédito habitação? Ou, será oportuno investir o dinheiro em produtos financeiros?

Muitas dúvidas, para as quais não há uma resposta exata. A opção depende do caso concreto da sua família.

Fatores a ter em consideração

Para uma opção mais consciente, deve ter em consideração alguns fatores:

  • O seu perfil financeiro: se for conservador, a opção deve ser amortizar o crédito habitação, e reduzir a dívida, é mais seguro; se for alguém que gosta de correr riscos, a opção deve ser no investimento em produtos financeiros, que poderão gerar lucros.
  • A sua situação financeira e o seu nível de endividamento: se os rendimentos não são suficientes para fazer face aos gastos mensais, ou o nível de endividamento é alto, então a opção para aplicar a poupança é clara: reduzir o valor das dívidas, por exemplo, amortizando a dívida do empréstimo da casa, o que baixará o valor da prestação, e aumenta o rendimento líquido mensal.
  • Necessidade de ter liquidez a curto prazo: se usar todas as poupanças para amortizar créditos ou fazer investimentos em produtos financeiros, deve ter a noção de que deixa de ter esse dinheiro disponível de forma fácil e rápida. Por isso, o ideal é guardar uma parte do dinheiro para fazer face a situações imprevistas.
Opções para utilizar as poupanças

Após ter em consideração os fatores referidos, deverá analisar algumas das vantagens e desvantagens das várias opções para as poupanças, que ajudarão na decisão:

Guardar as poupanças

Se a opção for guardar as poupanças, para ter um fundo de emergência, pode depositá-las num banco. Até porque, a taxa de juro dos depósitos deverá aumentar. Será uma forma de ter um “pé-de-meia” para fazer face ao acentuado aumento do preço de bens e serviços, expresso numa inflação próxima dos 10%. E, será também importante, na eventualidade de uma situação de desemprego ou algum problema de saúde.

Amortizar créditos

Se a opção for reduzir dívidas, pode amortizar créditos, que nalguns casos têm juros elevados, como os créditos pessoais (automóvel) ou cartões de crédito. Ou, pode pagar a dívida total do crédito habitação, e vê-se livre da prestação mensal da casa, com a vantagem de reduzir o seu nível de endividamento. Se optar por amortizar o crédito habitação parcialmente, pode fazê-lo de duas formas: tempo (encurtando o prazo de pagamento do empréstimo, mantendo o valor das prestações mensais, e pagando menos juros) ou capital (reduzindo o valor em dívida ao banco, sem alterar o prazo de pagamento, e neste caso, baixando o valor da prestação mensal).

De salientar, que se a opção for pela amortização do crédito habitação, a mesma deve ser feita de preferência mais no início do empréstimo, uma vez que é nos primeiros anos que se paga mais juros.

Pode, ainda, transferir o crédito habitação para outra entidade bancária, o que normalmente se traduz em redução da dívida.

Investir em produtos financeiros

Se a opção for tentar rentabilizar as poupanças, pode investir em produtos financeiros. Por exemplo, fundos de investimento. A expectativa é gerar lucros no médio e longo prazo, mas também pode ter prejuízo, depende do nível de risco inerente ao investimento. O ideal é aplicar um montante de que não seja expectável vir a precisar no curto prazo. Por isso, esta opção não é aconselhável se a sua capacidade financeira for limitada.

Para mais informações e/ou esclarecimentos, não hesite, contacte-nos! Ajudaremos a encontrar a melhor solução para o seu caso.

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