Preços das casas vão continuar a subir em 2023

A compra de casa é o mais ambicionado investimento de uma vida, e as razões são as mais diversas, como o casamento, o divórcio, o nascimento de filhos, etc., que acontecerão sempre.

Por isso, há muita procura para pouca oferta, o que leva ao aumento dos preços das casas, em todo o País.

O que aconteceu nos últimos anos?

Nos últimos 10 anos, as receitas com o IMT – Imposto Municipal sobre Transmissões, mais que triplicaram a nível nacional, o que expressa bem a evolução dos negócios imobiliários. Os vistos gold, o investimento estrangeiro, o turismo, e as segundas habitações, deram um grande contributo para esta situação.

Nesse período, os preços das casas em Portugal aumentaram 70%, segundo dados da Eurostat.

O que se verificou em 2022

Em Dezembro de 2022, comparativamente a Dezembro de 2021, o aumento dos preços das casas foi de 18,7%, a valorização anual mais elevada dos últimos 30 anos.

E, apesar do abrandamento da procura registado na 2ª metade do ano, no 3º trimestre, os preços das casas subiram 13%, quase o dobro dos 6,8% da média comunitária.

Em 2022, constatou-se também que, dada a ausência efetiva de um mercado de arrendamento e sem rendimentos para comprar casa nas grandes cidades, muitas famílias tomaram outras opções e a procura aumentou nas chamadas “cidades periféricas” (tendo os maiores aumentos ocorrido nomeadamente em Setúbal e Évora), mas também em territórios de baixa densidade no interior do País, onde originou aumentos da ordem dos 30%.

Como foi o início de 2023

Entrámos em 2023, com o mercado imobiliário a viver um otimismo moderado.

Por um lado, mantém-se a pressão nos preços das casas, continuando a aumentar a um ritmo acelerado nas grandes cidades, nalguns casos acima de 20%.

E, por outro, regista-se algum abrandamento no resto do País.

Como será o resto do ano?

A situação que se tem verificado não deverá mudar de forma significativa.

De facto, apesar da incerteza e complexidade que caracterizam o mercado imobiliário, as previsões dos especialistas para o resto do ano de 2023, é que a tendência será para os preços das casas se manterem altos ou mesmo continuarem a subir, nalgumas zonas do País.

Porque, apesar da atual conjuntura económica ser desfavorável, com inflação elevada, subida das taxas de juro (Euribor) e maior dificuldade no acesso ao crédito, e a procura poder refrear, continua a existir elevada liquidez no mercado e vontade de investir.

Por outro lado, porque os custos dos terrenos e da construção (materiais e mão de obra) continuam a subir.

E, também, porque se mantém o desequilíbrio entre a procura e a oferta de casas.

É expetável, portanto, que apesar de na Europa a trajetória de crescimento acentuado dos preços das casas parecer estar a chegar ao fim e os valores já estarem a cair em vários países, Portugal com a crónica falta de oferta que continua a impulsionar os preços, e a grande procura, nomeadamente por parte de estrangeiros, vai manter-se como uma exceção, e quanto muito os preços vão crescer a um ritmo mais lento do que até agora.

Por isso, de acordo com especialistas, o problema da habitação em Portugal só se resolve com a intervenção decidida e continuada do Estado central e das autarquias.

E, efetivamente, há a expetativa de que este ano comecem a surgir algumas promoções residenciais destas entidades, fruto da utilização dos fundos do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, quer na construção quer na reabilitação de casas, que podem levar ao aumento da oferta, e, no futuro, a um novo ciclo no mercado imobiliário.

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