A pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia afetaram a economia internacional e, obviamente, a economia portuguesa, contribuindo decisivamente para o aumento da inflação e para a subida das taxas de juro. Um “cocktail” explosivo para os orçamentos familiares.
Por isso, é inadiável que cada pessoa, cada família, estabeleça um plano para as finanças pessoais e/ou familiares, de forma a combater os efeitos desses aumentos, que começaram por ser assunto das notícias, mas que hoje já se estão a fazer sentir de forma significativa no nosso dia-a-dia.
Há alguma incerteza na evolução da inflação e das taxas de juro, mas é convicção da generalidade dos especialistas que a tendência é para o agravamento, o que não pode deixar de nos preocupar pelo impacto que terá na nossa vida financeira.
A preocupação de proteger o dinheiro e manter uma situação financeira equilibrada, tem que traduzir-se na necessidade de elaborar um plano financeiro, nos termos daquilo que alguém denominou por “Parar Para Pensar”. Pensar o que fazer ao dinheiro, para ter as contas “em dia”.
Nesse plano financeiro, deve considerar o seguinte:
Se tem um rendimento mensal fixo, tem mais dificuldades financeiras perante o aumento generalizado dos preços. Por isso, é importante tentar obter um rendimento extra, através de uma atividade em “part-time” ou complementar.
Numa casa, existem sempre despesas a que não podemos fugir. Estabeleça prioridades, elabore e controle o seu orçamento mensal. É fundamental registar todas as despesas, para saber onde gasta o dinheiro que recebe.
Sabendo os rendimentos que tem, e com o registo de todas as despesas, deve fazer um orçamento, para perceber o que pode efetivamente gastar.
É fundamental corrigir excessos, resistir ao consumo, reduzir despesas, e evitar gastos desnecessários. Tudo isto gerará poupança.
A definição de uma estratégia é fundamental para fazer face ao desafio de poupar dinheiro. E, ela assenta, na economia doméstica.
Porque, a maior poupança está nas despesas do dia-a-dia, pelo que se forem controladas, reavaliadas, bem geridas, poderão proporcionar uma poupança significativa.
De facto, poupar, para juntar dinheiro, deve estar sempre presente no nosso dia-a-dia. O ideal, seria poupar, mensalmente, pelo menos, 10% dos rendimentos. Não é uma tarefa fácil, numa conjuntura em que os preços sobem com frequência, mas é importante um esforço adicional para esse objetivo.
Se fizer uma boa gestão irá certamente gerar poupança e ter a oportunidade de investir, como forma de proteger o seu dinheiro.
Mas, para isso, é importante perceber o mercado financeiro.
Ter um depósito a prazo (com taxa de juros em mínimos históricos), ou certificados de tesouro e aforro (com taxas de juro à volta de 1%), é perder dinheiro, porque estão muito longe dos índices da inflação (que ronda os 8%).
Por isso, deve aplicar o dinheiro em investimentos mais rentáveis, como em produtos sem capital garantido, no mercado acionista, em imobiliário, ou mesmo, em ouro.
Se não conhecer bem o mercado financeiro, terá certamente mais dificuldades, mas poderá recorrer a especialistas, que o ajudarão a tomar as decisões mais consentâneas com a sua situação particular.
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