Faltam casas para a classe média

Faltam casas para a classe média

O mercado imobiliário continua a registar um desequilíbrio entre a procura e a oferta de casas, com o consequente impacto nos preços praticados.

Habitação a preços acessíveis, habitação social, ou habitação a custos controlados, são alguns dos segmentos do mercado imobiliário afetados.

A classe média é a mais afetada

Mas, é a classe média (tem o maior peso na procura, porque 60% dos portugueses são classe média), a mais prejudicada com a escassez de oferta de casas, em especial de casas bem localizadas e com qualidade.

A classe média não tem, de fato, casas para comprar. Porque, não há casas disponíveis no mercado (há falta de construção nova de casas nos últimos 14 anos), ou porque as que estão à venda têm preços muito elevados, incomportáveis para os orçamentos familiares.

Comprar casa, hoje em dia, em particular em Lisboa, está ao alcance apenas de alguns. No Grande Porto, estima-se que são 15 mil casas que estão em falta para fazer face à procura pela classe média e pelos jovens.

A construção nova de casas é essencial

O custo dos terrenos, os materiais mais caros, a falta de mão de obra, a burocracia, a legislação urbanística, a carga fiscal (por exemplo, o IVA a 23% para construção nova), e a demora e complexidade na aprovação de projetos e na obtenção das licenças de construção, estão a levar os investidores a repensar, ou mesmo a adiar, projetos, pelo que a falta de oferta de casas se pode agravar.

E, se a falta de oferta de casas se agravar, os preços continuarão a subir, e a classe média deixará mesmo de poder comprar casa, não tem forma de pagar, até porque o acesso ao financiamento bancário está mais exigente, e os impostos que têm de pagar são elevados (IMT, Imposto Selo, etc.).

Ora, a habitação para a classe média passa, em muito, pela construção de casas novas, e em escala, de forma a que os preços sejam ajustados aos rendimentos das famílias.

O que se pode fazer para inverter a situação?

Cabe ao governo central, autarquias, investidores, e todos os restantes intervenientes no mercado imobiliário conjugar esforços para encontrar soluções que, a curto prazo, reduzam a falta de oferta de casas no mercado imobiliário.

Há expetativas que, com os milhões de Euros do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), o Programa “Mais Habitação” apresentado pelo Governo em Fevereiro último, e os ajustamentos do mercado, a situação possa melhorar, nomeadamente na

oferta de casas a preços acessíveis, com a reabilitação do edificado de natureza pública.

Mas, será o funcionamento do mercado privado, com a oferta de habitação para a classe média, através de construção nova de casas, nomeadamente nas periferias, que conseguirá assegurar um maior equilíbrio na procura/oferta de casas, e dessa forma inverter a situação atual do mercado imobiliário.

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