Vender a casa não é fácil, porque para além de uma decisão financeira tem uma carga emocional muito forte, mesmo que se mude para uma melhor. Mas, se está a ponderar, ou já decidiu, vender a sua casa, tem que saber quanto é que ela vale.
O valor de uma casa é influenciado pela lei da oferta e da procura, a qual, por sua vez, é influenciada pelas oscilações do mercado. Com estabilidade económica e social, há mais procura e os preços sobem; em tempos de crise, há menos procura, e os preços descem. Mas, há que ter em conta também as facilidades, ou não, de contrair um crédito habitação, ao qual a maioria das pessoas recorre para comprar casa.
Não vai saber o valor da casa através de uma fórmula exata, mas sim tendo em conta múltiplos fatores que o influenciam.
Se conseguir saber o valor certo da sua casa, saberá qual o valor mínimo para fazer um bom negócio. Porque, entre o valor da casa e o valor que lhe oferecem, há uma grande diferença.
Decidida a venda, é uma questão de tempo e de valor. Se o preço for baixo, perde dinheiro; se o preço for elevado, pode ter dificuldade em vender.
O ideal, é chegar a um valor que seja vantajoso para o vendedor e comprador. Aliás, um bom negócio, só o é, quando é bom para ambas as partes.
Questões prévias à venda
Há questões prévias à venda da casa, sobre as quais tem que tomar uma opção, porque influenciam o valor, nomeadamente: Vai recorrer a uma empresa imobiliária ou pretende vender a casa sozinho? Quer vender a casa com permuta? Quer vender a casa com o recheio incluído (mobiliário, equipamentos, etc.)?
Independentemente da opção, vejamos então alguns aspetos que determinam o preço de uma casa, que a valorizam ou desvalorizam:
A localização é um dos fatores que mais pesa no valor de uma casa.
A zona onde se situa a casa (se tem muita ou pouca procura), e toda a envolvência (acessos, estacionamento, transportes públicos, iluminação pública, parques verdes, escolas, serviços médicos, outros serviços públicos, estabelecimentos comerciais, segurança, etc.)
Se a casa é mais recente ou mais antiga, é diferente o tipo de construção, os materiais utilizados, os acabamentos.
Se o imóvel é novo ou está remodelado, é mais valorizado. Se o imóvel está por recuperar, e o seu estado de conservação obriga a intervenções de manutenção e renovação, naturalmente que o valor de venda é menor.
Um imóvel com linhas modernas é mais apelativo, mas a ligação emocional e o gosto que o comprador pode estabelecer com a casa, pode ser decisivo.
Se a casa a vender for um apartamento de um prédio, a altura é importante, se é um R/C ou um 7º andar, por exemplo, porque as características e as necessidades são distintas.
Se tem mais ou menos divisões, se as divisões têm ou não uma boa área, quantos quartos existem. Por exemplo, um T2, tem dois quartos; um T3, tem três quartos, etc, mas a área de um T2 pode ser superior à área de um T3. Isto é importante, porque a área tem um preço por m2. E, há que distinguir a área bruta da área útil.
Se a casa tem, ou não: elevador, garagem, sótão, piscina, varandas, terraços, jardim, churrasqueira, outras arrecadações, etc.
A vista, luminosidade interior, orientação da exposição solar, ar condicionado ou qualquer outro sistema de aquecimento, conforto térmico (com certificado energético), espaços exteriores bem cuidados e iluminados, “boa” ou “má” vizinhança.
Antes de pôr a casa à venda, deve providenciar alguma renovação, algumas intervenções, que maximizem o seu valor, sem envolver grandes gastos que podem não ter retorno. Mas, é importante “encher o olho” ao possível comprador, e que ele se sinta confortável na casa.
Intervenções, como: pintura de paredes, colocar chão flutuante, envernizar portas e janelas, substituir armários na cozinha, substituir azulejos, colocar decorações apelativas (flores, espelhos, etc.).
Definir o valor certo de venda de uma casa requer ter em conta os fatores referidos, e outros que tenham a ver com as suas características particulares.
O recurso a consultores imobiliários é uma garantia para poupar tempo e dinheiro.