Se quer comprar uma casa de férias, para realizar um sonho, para ter uma casa para as férias e fins-de-semana, para ter uma segunda habitação quando se reformar, para arrendar, ou simplesmente como investimento, deve ter em conta um conjunto de questões antes de concretizar o negócio.
A compra de uma casa de férias implica ter capacidade financeira para investir um valor significativo. Deve considerar não só o custo de aquisição, mas também, equipar a casa, impostos, manutenção, e encargos enquanto proprietário, para evitar ter surpresas desagradáveis no futuro.
Ou seja, deve estabelecer, o montante total que pode investir. Porque, será esse montante que vai determinar o tipo de casa a comprar.
A localização da casa de férias é determinante, não só para o valor de aquisição, mas também, para a sua valorização futura.
Por isso, se optar por uma casa bem localizada, com bons acessos, transportes públicos, perto da praia, com locais de diversão, junto de estabelecimentos comerciais, com piscina e outras comodidades que a valorizem, obviamente que o valor a despender será elevado.
Se optar por uma casa numa área mais modesta, sem aquelas características, pagará um preço mais acessível.
Após escolhida a casa e a sua localização, o investimento inclui outros gastos. É necessário equipar a casa (adquirir mobílias, electrodomésticos, utensílios, etc.), pagar impostos (IMI), suportar as despesas mensais (condomínio, seguros, água, luz, gás, saneamento, resíduos sólidos), os custos com as manutenções ao longo dos anos (telhados, pinturas, canalizações, etc), e os gastos com as deslocações.
Se quer comprar uma casa de férias, certamente que a intenção é de a utilizar com frequência, caso contrário, se é para a utilizar apenas em períodos pontuais, provavelmente não compensa o investimento. Nesse caso, pode fazer mais sentido arrendar uma casa ou apartamento para as férias.
Antes de comprar uma casa de férias, deve pensar também que, ao ter uma casa de férias, tem alguma obrigação de a utilizar, e isso, pode gerar algum cansaço em passar as férias sempre no mesmo local.
Se a intenção é ir viver para a casa quando se reformar, para poder viver num ambiente mais calmo, a situação é diferente. Mas, para isso, deve ter em conta se a casa que vai comprar corresponde às condições que quer, em termos de localização, de ambiente, de conforto, de mobilidade dentro de casa, etc. Caso contrário, quando chegar a essa fase da vida, teria que vender a casa e comprar outra num local mais aprazível. Para esta eventualidade, deve ter presente se a casa que compra agora tem perspetivas de valorização.
Para além da utilização própria, pode sempre considerar a possibilidade de arrendar a casa, nos períodos em que não precisa, ou enquanto não vai para lá viver, para rentabilizar o investimento.
Contudo, só deve fazer o investimento na casa de férias, desde que tenha condições de a pagar, e não estar à espera do valor do arrendamento, que pode não acontecer por várias circunstâncias.
Mas, se for o caso, deve ter em atenção a forma de controlar as estadias das pessoas a quem vai arrendar. Se cuidam da casa, não a danificam, a limpam, etc. Sob pena, de poder ter custos acrescidos, que não compensam o valor do arrendamento.
O ideal é ter alguém de confiança que controle o tipo de utilização da casa, e, em especial, que esse alguém tenha disponibilidade para resolver situações urgentes que surjam, de forma a evitar eventuais prejuízos e respectivos custos.
Mesmo que tudo corra bem com a utilização da casa, por diversas pessoas em ocasiões diferentes, há necessidade de fazer uma manutenção periódica.
Não havendo uma utilização frequente pelo proprietário, haverá algum descuido de fazer essas manutenções, o que acarretará mais custos.
Por isso, é importante que as manutenções sejam feitas, de forma a manter a casa em bom estado e assegurar a sua valorização.
Após o investimento na casa de férias, deve continuar a fazer poupança, quer para fazer face aos custos que surjam com a segunda habitação, mas também com a habitação permanente, e com todo um conjunto de despesas do agregado familiar.