Ao planear o futuro, há um momento da nossa vida, em que somos confrontados com a decisão: comprar ou arrendar casa? Ser proprietário ou inquilino?
É uma decisão que depende fundamentalmente do agregado familiar que temos ou que ambicionamos vir a ter, em que a situação financeira é determinante.
Apesar de mais de 70% dos portugueses serem proprietários e apenas cerca de 30% arrendatários, as alterações no mercado imobiliário e a crise financeira, levou mais famílias a optarem pelo arrendamento.
Entre comprar ou arrendar, deve escolher a opção que mais se adapta aos seus objetivos e necessidades.
Comprar casa, é um grande investimento, e tem custos significativos no início e ao longo da vida, mas é um bem que fará parte do património da família. Como se costuma dizer “se comprar uma casa, ela será sua um dia”. É uma opção para quem tem dinheiro para a entrada e para os custos iniciais, tem uma situação financeira estável, e não prevê grandes alterações na sua vida nos próximos anos.
Arrendar casa, é uma opção normalmente de quem está no início de vida, tem uma situação profissional instável, não tem uma situação financeira que lhe permita comprar, ou porque tem a perspetiva de poder vir a mudar de terra ou até de país.
Pelo impacto que a decisão tem no orçamento familiar, deve ponderar os prós e os contras, e fazer e contas, para estar consciente do que quer, porque não há uma resposta única para a opção certa de comprar ou arrendar casa. Cada caso é um caso, e são duas hipóteses com especificidades distintas, e ambas com vantagens e desvantagens.
Sendo proprietário da casa, assume a responsabilidade dos custos da compra, que são significativos, em especial, se recorrer ao financiamento bancário (crédito habitação), e de outros após a aquisição.
Desde logo, deve ter uma poupança para dar de entrada, porque os bancos só emprestam no máximo 90% do valor da aquisição ou da avaliação do imóvel (o menor dos dois). É o chamado “sinal” que dá ao vendedor da casa, aquando do contrato de promessa de compra e venda.
Além do valor de entrada, tem ainda outros custos: comissão de abertura do processo; IMT (imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis); imposto de selo; despesas com a escritura.
E, enquanto proprietário da casa, após a compra, terá outros custos fixos mensais: prestação do empréstimo; seguro de vida e multirriscos; condomínio. E, anuais, como: IMI (imposto municipal sobre imóveis).
Os custos enquanto arrendatário são, essencialmente: no início, o pagamento antecipado de um mês de renda e um ou dois meses de caução; e, depois, apenas o valor mensal da renda (sujeito a atualizações anuais, em função da inflação).
Comprar ou arrendar casa, exige uma reflexão sobre a situação familiar, as condicionantes financeiras, e as vantagens/desvantagens de cada opção. Por isso, para tomar uma decisão, em consciência, tem que fazer as contas para o imediato, mas também para o futuro.
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