A maioria dos emigrantes investem na sua terra natal, ou no País, o dinheiro ganho no estrangeiro, seja em produtos financeiros ou em imóveis. Se está emigrado e pretende comprar uma casa em Portugal, saiba que pode ter acesso ao crédito habitação.
As entidades bancárias têm soluções de crédito habitação ajustadas à situação dos portugueses que vivem no estrangeiro, e querem comprar uma casa no seu país de origem.
Na prática, o crédito habitação para emigrantes funciona de forma semelhante ao que é concedido aos residentes, com algumas adaptações.
Um emigrante que quer comprar uma casa em Portugal, com recurso ao crédito habitação, deve proceder à abertura de uma conta “emigrante”. E, sobre o crédito, deve saber: como é contratado, as condições exigidas, os documentos que necessita de entregar; e conhecer as dificuldades com que pode ser confrontado.
Previamente, tem que ter algum vínculo com o Banco de Portugal, com o estatuto de emigrante, que pode ser através da abertura de uma conta de “emigrante” num banco português.
De referir, que as contas bancárias de emigrantes têm, normalmente, boas condições em termos de depósitos e produtos financeiros.
Pode também beneficiar da isenção de IMT (imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis).
Estabeleça contacto com várias agências de bancos portugueses (estão espalhadas pelo mundo), ou até mesmo diretamente com os bancos em Portugal, através do atendimento telefónico, solicitando propostas para a contratação do crédito habitação.
Para o efeito, é necessário fornecer alguns elementos, como: documento de identificação; comprovativo da morada; última declaração de IRS; recibos de vencimento; despesas mensais fixas.
Recebidas as propostas, faça as simulações e a respetiva comparação, de forma a saber qual é a melhor proposta.
Tratando- se de um processo complexo e moroso, e para evitar perder tempo, pode recorrer ao apoio de especialistas que, mediante uma “procuração”, podem tratar do processo de financiamento, bem como das formalidades com a compra da casa.
A contratação do crédito habitação para emigrantes, decorre de um processo normal para este tipo de crédito, que considera: a análise do perfil económico do cliente, as características do imóvel, e a política de financiamento da entidade bancária.
Para o financiamento, a entidade bancária pode ser mais exigente nas condições, e impor limitações: no valor máximo financiado, na percentagem de financiamento versus a garantia, ou no prazo máximo de pagamento.
De salientar que, o valor do financiamento bancário é limitado (conforme uma medida do Banco de Portugal, em 2018), e depende do valor da compra da casa, e do tipo de habitação: se for para habitação própria e permanente, será entre 80 e 90%; se for para segunda habitação, será entre 70 a 80%.
Ou seja, tem que ter dinheiro para a diferença do valor, bem como para suportar todos os custos inerentes ao processo.
Documentos que necessita de entregar
Os documentos que tem que entregar, para a contratação do crédito habitação, são idênticos aos exigidos nos processos para os residentes, com algumas “nuances”, atendendo ao facto de residir fora do País.
Do cliente: documento de identificação ou passaporte; última declaração de rendimentos; os 3 recibos últimos de vencimento; declaração entidade patronal (com o tipo de vínculo contratual e a antiguidade); extratos bancários dos últimos 6 meses; comprovativo de pagamento nos últimos 6 meses de outros empréstimos (se existirem); mapa de responsabilidades de crédito do país onde reside.
Do imóvel: cópia do contrato de promessa de compra e venda ou da escritura; documento da conservatória predial.
Dificuldades com que pode ser confrontado
Há entidades bancárias que dificultam a aprovação do crédito habitação, porque em caso de incumprimento por parte do cliente, é mais difícil mover uma ação judicial.
Se necessitar do apoio de especialistas para o ajudar (https://dietafinanceira.pt/contactos/), a equipa da Dieta Financeira está ao seu dispor para esclarecer dúvidas ou obter mais informações. Contacte-nos!