Finanças pessoais para quem chega à maioridade

Finanças pessoais para quem chega à maioridade

Há pais que abrem uma conta bancária quando os filhos nascem, onde vão depositando dinheiro que será útil quando atingirem a maioridade. E há outros que abrem uma conta bancária quando lhes começam a atribuir uma semanada ou mesada, com o objetivo de criar hábitos de poupança.

Contudo, até aos 18 anos de idade, a maioria dos jovens limitam-se a gerir a sua mesada ou algum dinheiro poupado, e as preocupações ficam-se por aí. Ainda não aprenderam, de facto, a “lidar” com o dinheiro.

Mas, quando chegam à maioridade, mais cedo ou mais tarde os jovens começam a trabalhar, e passam a ter que gerir um ordenado e um conjunto de despesas, ou seja, confrontam-se com novas responsabilidades financeiras, e começam a traçar os seus objetivos para a vida.

É chegado o momento da independência financeira.

Para evitar erros, que são muito comuns nesta fase, há informações e conceitos financeiros que devem saber, de forma a gerir bem as finanças pessoais, rentabilizando os rendimentos, controlando as despesas, e poupando o mais possível.

 

Aprender a gerir o dinheiro é tão importante como aprender a ler, a escrever ou a contar.

E, não se esqueça que o dinheiro é um meio para conseguir alcançar os seus objetivos e concretizar os seus sonhos, e não um fim.

 

Deve abrir contas bancárias

Ao alcançar a maioridade, um jovem inicia então a sua vida financeira, com a abertura de uma conta à ordem em seu nome, se ainda não tiver nenhuma. Se já tiver uma “conta jovem”, por exemplo, pode mantê-la porque pode proporcionar vantagens, em regra, até aos 25 anos.

Mas, ao longo da vida, certamente irá abrir outras contas bancárias, consoante as opções que for tomando, como: uma “conta solidária”, partilhada com alguém; uma “conta poupança”, onde pode ir depositando, com regularidade, o dinheiro que sobra; uma “conta ordenado”, que lhe permite ter acesso a uma linha de crédito automática; uma “conta a prazo”; etc.

Antes de abrir uma conta bancária, deve comparar as ofertas existentes no mercado, de forma a decidir pela entidade bancária que lhe oferece melhores condições. Hoje, já nem precisa de se deslocar a uma agência bancária, pode fazê-lo em casa, através da banca digital.

 

Faça um orçamento para gerir as suas finanças

Organizar as finanças pessoais não é fácil, mas é fundamental para garantir o equilíbrio entre o que ganha, o que gasta e o que consegue poupar.

Se já recebia uma semanada ou mesada e lhe sobrava dinheiro no fim do mês, é um bom princípio para gerir as suas finanças pessoais ao chegar a adulto, de forma a conseguir gerar poupança.

A melhor forma de gerir as finanças pessoais é fazer um orçamento mensal, com os seus rendimentos e despesas, para saber onde e como gasta o seu dinheiro, e assim ver que despesas pode reduzir ou eliminar, e poupar mais.

Obviamente, que não é fácil, porque as despesas serão cada vez mais, sejam fixas ou variáveis, sejam necessárias ou não essenciais. Mas, quanto melhor conhecer as suas despesas mais controlo terá.

 

Poupe para concretizar objetivos e sonhos

Se fizer uma gestão rigorosa das suas finanças pessoais (com base num orçamento mensal controlado) vai conseguir gerar poupanças que, mais tarde, lhe permitirão adquirir coisas que sempre desejou ou a concretização de sonhos, como a compra de um carro ou de uma casa, ou uma viagem.

Mas, a poupança pode servir também para criar um “Fundo de emergência”, (o chamado “pé-de-meia” ou “almofada financeira”) para fazer face a despesas imprevistas ou redução de rendimentos, que ocorram na sua vida.

 

Use de forma rigorosa os cartões de crédito

Se os cartões de crédito forem utilizados de forma regrada, podem ser benéficos para as suas finanças. No entanto, para isso, deve ter em atenção, entre outras coisas: deve pagar a totalidade do valor que utilizou no período em que não há cobrança de juros; se utilizar um cartão de crédito para pagar uma compra a prestações, como tem juros associados, deve pagar o montante da dívida o mais depressa possível; evite levantar dinheiro com o cartão de crédito, porque tem comissões associadas.

Mas, o uso excessivo dos cartões de crédito coloca as suas finanças em risco, é uma das causas principais do sobre-endividamento das pessoas e das famílias. Não há orçamento que resista a uma utilização indiscriminada de cartões de crédito.

 

Não acumule dívidas

As dívidas, em si mesmo, não são um mal, desde que sejam controladas, porque permitem alguma “engenharia financeira” para alcançar determinados objetivos.

O problema surge quando se começam a acumular dívidas, e isso é uma séria ameaça ao equilíbrio das finanças. A preocupação deve ser antes pagar o que deve, e dentro dos prazos, para evitar encargos adicionais. Por isso, antes de pedir um novo empréstimo garanta que tem condições para o pagar.

 

Conceitos que deve saber antes de contratar um empréstimo

A contratação de um crédito é frequente, seja crédito habitação ou crédito pessoal.

Mas, é fundamental conhecer alguns conceitos de literacia financeira, para poder tomar a melhor decisão, tais como: TAN, TAEG, MTIC, Euribor, spread, taxa de juro, seguros associados, etc.

Estes conceitos são necessários para poder escolher a melhor proposta bancária. E, os seus valores resultam da avaliação do banco relativamente à sua situação financeira, para saber o risco que representa como cliente, com base na idade, situação profissional, taxa de esforço, historial bancário, etc.

 

Faça uma revisão periódica da sua estratégia financeira

Periodicamente, deve rever as suas finanças pessoais, reavaliando os rendimentos e as despesas, em especial, quando está a gastar mais do que recebe. Verifique se tem que ajustar a estratégia para alcançar os objetivos, e o nível de poupança.

Acontece, normalmente, que os valores pagos com a celebração de contratos de serviços (comunicações, seguros, prestações mensais de créditos) são superiores aos que, entretanto, são praticados no mercado. Esses contratos devem ser renegociados, o que habitualmente não acontece, e é um erro, porque em muitos cassos poupa-se muito dinheiro.

 

Faça investimentos para rentabilizar as suas poupanças

As suas poupanças podem ser rentabilizadas, ao longo dos anos.

Existem diversos produtos financeiros, alguns com capital garantido ou de baixo risco onde pode investir. Obviamente que, quanto menor é o risco menor é a rentabilidade do dinheiro aplicado.

O mundo dos investimentos é algo complexo para quem não está familiarizado com o seu funcionamento. Por isso, deve informar-se sobre os vários perfis de investidor, o tipo de produtos financeiros, os riscos associados, os encargos, etc.

O melhor será sempre recorrer a especialistas na matéria, que o ajudarão a escolher o melhor produto financeiro para o seu caso.

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